Arquivo da categoria: Minas Gerais

Enquanto Isso… em Ouro Branco…


Depois de me convidar para algumas roubadas clássicas, já era hora de o Daniel – na foto acima, fotografando a a paisagem do alto da Serra de Ouro Branco, Minas Gerais, enquanto o sol ia atravessando as nuvens para mais um dia muito bonito – tomar vergonha e me chamar pra fazer um programa que não fosse de índio, ou, que pelo menos “desse certo”, especialmente depois do fiasco dos Três Picos em Nova Friburgo.
Quando ele me chamou para subir de bike a serra na cidade de Ouro Branco, confesso que pensei em pedir pra ele me “incluir fora dessa”. Normal, né? Já vinhamos de uma aventura frustrada lá em Três Picos, e, como se não bastasse, ele só arrumava passeios “off road” para um cara que só tem uma bike “on road”, resultando em eu ter de usar “emprestada” a GIOS onça gorda resfriada dele, equipada com uma moderna “suspensão-do-tipo-cofre”, mais pesada que uma mala com uma sogra dentro.
O plano era seguir de carro até Ouro Branco, onde ficaríamos na casa de um amigo dele, bem no início da parte asfaltada da subida da serra – na belíssima estrada que leva a Ouro Preto – e, na madrugada seguinte, sair no pedal até as torres da serra que se debruça sobre a cidade, com uma vista sensacional. Uma parte em asfalto, outra em terra. Simples, não? Mais ou menos… A subida era forte, se bem que de asfalto liso e novo, mas ia ser feita ainda pela noite, e o Daniel – como quase todo mountainbiker – não tem iluminação para bike. Nada de farol… nada de lanterna traseira… “é peso extra”, eles alegam. Já eu usaria a minha iluminação, e teria de me virar para clarear a frente para nós dois e sinalizar atrás para os carros que subiam, enquanto ele seguiria “apagadão”. Isso não é maravilhoso?
Olhei no Google Earth para dar um confere na região e gostei. Assim, topei o lance.
Sem me prender ao blá-blá-blá da viagem de carro, chegamos já pelo fim da noite, arrumamos as tralhas nas mochilas – é isso mesmo que você ouviu, MOCHILAS! As bikes não tem bagageiros! Advinhem por quê?… “é peso extra!” Não tentem isso em casa, por favor! – e tratamos de descansar, pois saíriamos pelas 03:00 da madrugada. Por favor… não encham o meu saco questionando o por quê de sair esta hora, valeu? Nós estávamos subindo para fotografar o nascer do sol! E o sol só nasce de manhã, bem cedinho, só uma vez por dia! Isto esclarecido… partimos.
A subida da serra já me fez “queimar a língua”, pois trasncorreu maravilhosamente bem, e até divertida. Estava fresco e a subidona não se fez desgastante, além de um ou dois carros, e nada mais. Logo chegamos a saída para estrada de terra, onde o Daniel teve alguma dificuldade por não ter luz, mas… tudo tranks.
Uma vez nas torres, a coisa ficou ainda mais divertida e bonita, como você vão ver nas fotos a seguir

Com a luz do nascer do sol, as fotos costumam ficar realmente muito bonitas.

Com a luz do nascer do sol, as fotos costumam ficar realmente muito bonitas.

Os casacos que o Daniel insistiu para que levássemos foram bem úteis, pois lá em cima estava um frio danado! Ou melhor, o vento estava frio, não a temperatura.

O visual lá de cima é de tirar o folêgo. Vale o confere.

O visual lá de cima é de tirar o folêgo. Vale o confere.

Mas o vento estava bastante incômodo. A vontade era de ficar escondido atrás de alguma pedra ou parede que houvesse, pois o sol ainda estava muito fraco para aquecer. Eu já estava afim de subir na bike e sair pedalando forte para esquentar um pouco.

"My name is Forrest, Forrest Gump & people call me Forrest Gump". Pô... tá de caozagem, né?... kkkkkkkkk... feio pá cacete!

“My name is Forrest, Forrest Gump & people call me Forrest Gump”. Pô… tá de caozagem, né?… kkkkkkkkk… feio pá cacete!

Um contra luz era quase obrigatório.

Um contra luz era quase obrigatório.

No final, nem eu nem ele fizemos muitas fotos, pois o vento frio estava de lascar e era bastante difícil conseguir ficar em pé parado com a máquina. Como só levei minha 35 mm., parei por aí. O Daniel foi quem salvou o post dessa vez, pois conseguiu fazer as únicas fotos da vista lá de cima. Confere aí.

Olha aê, pessoal! Este sou eu poucos momentos antes de me jogar desse penhasco.

Olha aê, pessoal! Este sou eu poucos momentos antes de me jogar desse penhasco.

Uma "vista da vista" - a única, por sinal - do alto da serra de Ouro Branco. Um nascer de sol sensacional!

Uma “vista da vista” – a única, por sinal – do alto da serra de Ouro Branco. Um nascer de sol sensacional!

Como só tiramos fotos um do outro – até porque não tinha mais ninguém lá em cima mesmo – decidimos encerrar e voltar, pois a coisa estava meio parecida com aquele filme “O SEGREDO DE BROKEBACK MOUTAIN” – que no Brasil o título era “O SEGREDO DA CHAPADA DOS VIADEIROS”. Dois camaradas sozinhos no alto de uma montanha tirando fotinhos um do outro não fica bem e, pior de tudo, “não se usa mais”. Assim, guardamos as tralhas e “caímos no capinado” de volta à cidade.
Uma das melhores coisas de se subir em algum lugar de bicicleta é que, forçosamente e em algum momento, a gente DESCE! E Deus também criou a DESCIDA! Foi uma onda, à pesar dos caminhões que já subiam e desciam.
Se meu conselho te serve de algo, vá até Ouro Branco – de preferência na passagem para o outro Ouro, o Preto – e suba na serrinha para assistir o nascer do sol. Além de ser muito bonito, parece que revigora e traz uma paz estranha, mesmo com um vento danado de frio.

Para Vigo me voy!

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