Quem acompanha os posts do blog – que não são muitos, kkkk… – já deve ter percebido que estou com bastante freqüência pela Região dos Lagos fluminense. Isso se deve ao fato de eu ter uma certa facilidade de hospedagem na região. Viajar não é barato, daí, se você consegue ou tem uma hospedagem gratuita em determinada região, você acaba explorando melhor essa determinada região, claro.
Isto posto… Cabo Frio!
Nesse passeio para Cabo Frio, saindo como de costume de São Pedro D’aldeia, eu resolvi fazer diferente. Ao invés do nascer do sol – que me obriga a sair na madrugada e me deixa com sono logo pela hora do almoço – eu “cataria” o pôr do sol, e, se tivesse sorte, faria uma foto na “golden hour”, aquela hora em que o céu ainda conserva um bom azul, mas a luzes da cidade já estão acesas, produzindo imagens incríveis. Assim, eu seria “fritado” na ida e curtiria o frescor da noite na volta.
Parti às 15:00 horas, com um sol “senegalês” martelando a cuca e um ventão contra – que eu prefiro chamar de “tornado” – que fazia até a o mais convicto defensor das bicicletas implorar por um carrão bem potente, de preferência com um motor V12 BI-TURBO, para vencer aquela… “coisa”. Vale notar que milhares de pessoas na região utilizam a bicicleta como meio de transporte para o trabalho e enfrentam o danado do ventão quase todo dia. Heróis! Tava duro de pedalar, mas, com calma e “pace” tudo se resolve em cima de uma bike, né?
Enquanto sofria calado, ia curtindo os belíssimos visuais da estrada que liga SPA a Cabo Frio.
Sofrendo bastante com o vento fortíssimo, cheguei em Cabo Frio e decidi ir para o Mirante do Morro da Guia, uma elevação que fica perto do Canal do Itajurú, proporcionando uma bela visão de uma pequena porção da melhor parte da cidade. A droga toda foi subir empurrando a bike aquela ladeira de paralelepípedos – pra quem não sabe, eu ainda não tenho MTB, e faço meus passeios de 700×23 – e chegar no mirante ensopado.
Mas a vista… ah!… a vista!… compensa, viu? Lá em cima tem um deque grandão, uma capela e um bandeiraço do Brasil que fica tremulando no ventão constante da região. Mesmo quem não é patriota fica comovido. Porém, deixei a comoção pra lá e tratei de montar o tripé. Os funcionários da prefeitura que trabalham lá em cima são gente finíssima, pois estão acostumados a lidar com turistas o ano todo. Comecei a “sentar o dedo” na cidade.
Tá legal… eu confesso que estava mais feliz que gato em restaurante de frutos do mar. Não sabia direito o que fotografar primeiro, de tantas coisas bacanas ali, pulando na minha frente. Fui para o deque, e lá, pude clicar esse visual aqui, ó.
Deixei o casalzinho cheio de amor pra lá, afinal… bem… eu também já devo ter cortado a onda de algum fotógrafo nos tempos em que ainda acreditava que o amor era mesmo lindo. E fui em frente… saca, só…
Eu queria uma foto da bandeirona tremulando, saca como? Tipo aquelas bandeiras americanas em filme de guerra, manja? O caso é que eu uso uma máquina portátil de lente retrátil e fixa. Essas maquininhas, apesar de ser um negocinho bem prático e bom, não são muito rápidas no disparo, assim, o melhor que eu consegui foi isso aqui.
Tava tão bom lá em cima e eu já imaginando a quantidade de fotos bacanas que ia ter, que aconteceu outra vez: perdi a “golden hour”! Quando dei por mim, estava fazendo esta última foto da bandeira, e percebi o quanto já havia escurecido. Raios! Como já tinha tirado a foto… olha ela aí.
Sem perder mais tempo, juntei a bagulhada toda e “vazei”! Juro pra vocês que desci a ladeira de paralelos em cima da bike, “voado” e não me esborrachei. Não dava tempo de descer à pé, pois eu havia decidido fazer umas fotos no Forte São Mateus, e tinha de pedalar até lá. Como não levei um tombo, chegando lá em baixo, toquei o pé.
Cheguei no Forte São Mateus bem fora da hora que planejei, mas… dane-se! Montei o tripé outra vez e fiz duas fotos, que considerei razoáveis, só isso. Estão aqui.
E foi isso. Eu tinha gostado tanto, que no pedal de volta para São Pedro decidi que voltaria no dia seguinte, mas, por algum motivo do qual não me recordo agora, não o fiz. Isso me deixou bem frustrado e com Cabo Frio entalado na minha “garganta fotográfica”, pois eu não fui nem na metade dos lugares legais da cidade. Isso sem contar as orlas de praias que oferecem um visual que muda a cada minuto, proporcionando fotografias lindíssimas.
Em resumo, se você for conhecer a cidade, prepare-se: são muitas atrações naturais e opções de bares, restaurantes e coisa e tal, dependendo do tempo de visita, você pode não conseguir ver todas.
A volta foi “fresquinha”, é verdade, mas o trânsito, tanto na cidade, como na rodovia, é intenso, fazendo com que um retrovisor na bike e uma dose extra de atenção no ciclista sejam essenciais.
Para Vigo me voy!